2016-05-31

Pensamento assistido por Vergílio Ferreira (2)


"A fidelidade na vida afetiva é o mesmo que a coerência no domínio intelectual - ambas são produto da impotência."
(Vergílio Ferreira, Diário inédito (1944-1949), Lisboa, Bertrand Editora, 2008, p. 46.)  

2016-05-29

Pensamento assistido por Vergílio Ferreira


"Vamos na vida como um automóvel na noite: o que está para além dos faróis ignoramo-lo."
(Vergílio Ferreira, Do mundo original (Ensaios), Coimbra, Vértice, 1957, p. 14.)

2016-05-19

Pensamento assistido por Don DeLillo (3)


"Passado, presente e futuro não são artifícios da linguagem. O tempo desdobra-se nas costuras do ser. Passa através de nós, cria-nos e molda-nos."
Don DeLillo, O corpo enquanto arte, Lisboa, Relógio d'Água, 2001, p. 99. 

2016-05-18

Pensamento assistido por Don DeLillo (2)


"O tempo é a única narrativa que conta."
Don DeLillo, O corpo enquanto arte, Lisboa, Relógio d'Água, 2001, p. 92.  

2016-05-17

Pensamento assistido por Don DeLillo


"Nós somos feitos de tempo. É essa a força que nos confere uma identidade própria. Basta fecharmos os olhos e sentimo-la. É o tempo que define a nossa existência."
                                                                             [Don DeLillo, O corpo enquanto arte, Lisboa, Relógio d' Água, 2001, p. 92.]

2016-05-10

[história]

[história]

que exercícios e visões te restam, caminhante da história?
talvez uma ginástica do estilo, um modo impossível cerce,
um excesso de vontade ou um violento e pacífico grito…
como no poema escrito, todas as tradições são séculos,
todos os líquidos nos afogam nessa permanência indo-se.
assim irrompe um desejo de repartir a partida e permanecer.

2016-05-05

um aforismo do sr. Pantaleão


Diz  assim o pessoano Pantaleão:

«Vive a tua vida; não sejas vivido por ela.»

Mas quem não concorda?

2016-05-03

Pensamento assistido pelo Sr. Pantaleão


Incisivas como lâminas, as Visões do Sr. Pantaleão são arrebatadoras. Esta, por exemplo!

VISÃO [DOS CANALHAS]

Esta é a visão dos canalhas.
As fadas e os deuses tinham o poder de se transformar em vários bichos e cousas. Hoje não há fadas nem deuses, mas sim uns outros entes que têm o mesmo condão: são os canalhas.
Enquanto o corpo está vivo tornam-se sanguessugas. Quando o corpo está morto, tornam-se vermes. Lá de comer não deixam eles.
(Fernando Pessoa, Cartas, visões e outros textos do Sr. Pantaleão, Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, p. 57.)