2014-12-31

Carta ainda de 2014

Carta ainda de 2014

Não lembres o inútil torna-o até inexistente
que o que é isso é vulgar sombra do nada
vulto vazio volitando como ácaro de sono
e chupista maduro procurando fazer figura.

Esquece o efémero e o cultor de efemérides
de dias de gente grada para o nada se mostrar
que quem vale o que diz ser há muito o provou
e não gruda em branca cola que logo estala.

Faz de ti os dias limpos de al berto o sopro de mar
o sonho da noite desigual de kim a rosa do povo
florindo nas estradas de pó dos poemas lavrantes
faz de ti isso contra os tempos caídos os fungos.

No sorriso aberto incalculado no fanal dos dentes
todas as águas vêm do sangue são noites encantadas
que correm dos poemas do Cinatti para dentro do ano
que fulgurante te vem aos dedos te queima a pele.

cósmico e fulgurante vem um momento – enche-o e sê.

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