2013-11-23

Herberto, Herberto Helder...


Silêncio, que o dia é de Herberto Helder:

«Ninguém tem mais peso que o seu canto.
A lua agarra-o pela raiz,
arranca-o.
Deixa um grito que embriaga,
deixa sangue na boca.
Que seja a demonia: - a arte mais forte de morrer
pela música, pela
memória.»

[Herberto Helder, «Última ciência», Lisboa, assírio & alvim, 1988.]

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