2007-07-27

Revistas y Guerra 1936-1939



2007-07-25

Poesia oriental, na Livraria Poetria (Porto), dia 25, pelas 18,30

A Livraria Poetria realiza uma sessão de poesia oriental, no próximo dia 25/7/07, 4ª feira, no C. Com. Galerias Lumière (Rua José Falcão/Rua das Oliveiras), pelas 18,30.

Leitura de poemas: Armindo Cerqueira

Dança do ventre: Patrícia Rocha

Serão servidos "mimos do deserto".

2007-07-23

"Mordomia-Mor da Casa Real (1755-1910)" de Nuno Gonçalo Pereira Borrego


Nuno Borrego, autor de obras de referência no âmbito da Genealogia e da Heráldica – Livro Genealógico das Famílias desta cidade de Portalegre, Carta de Brasão de Armas - Colectânea, Carta de Brasão de Armas - Vol. II, As Ordenanças e as Milícias em Portugal - Vol. I, etc. – acaba de concluir um novo trabalho de fôlego que será lançado no próximo mês de Setembro.

Em Mordomia-Mor da Casa Real – Foros e Ofícios (1755-1910), o autor fez o levantamento - cerca de 12.000 registos - de todos os foros - Fidalgos Cavaleiros, Moços Fidalgos, Cavaleiros Fidalgos, etc.-, ofícios da Casa e Câmara Real - médicos, cirurgiões, músicos da Real Câmara, etc. - e fornecedores da Casa Real Portuguesa no período que vai do terramoto de 1755 ao final da Monarquia e abrange Portugal e Ilhas, Brasil, Mazagão, etc.

A investigação assentou nos 30 Livros da Mordomia-Mor da Casa Real existentes na Torre do Tombo. Foi sumariado cada alvará de concessão com indicação do nome do agraciado, a naturalidade, o nome do pai, do avô quando o foro era concedido por sucessão, o foro, a moradia, a data da concessão e a indicação do livro e fólio em que se encontra registado.
Apresenta-se também a biografia dos Mordomos-Mores da Casa Real desde o reinado de D. Afonso V a 1910, um apêndice documental que inclui o Regimento do Mordomo-Mor, o Regimento das Moradias e outra legislação relevante sobre esta matéria. Um exaustivo índice onomástico e toponímico completa mais este notável trabalho de Nuno Borrego. O prefácio é de D. Luís da Costa de Sousa de Macedo (Mesquitela).

A obra, editada pela Tribuna da História, é composta por 2 tomos, em formato 21x29,7 (vulgo A4), no total de 1.450 páginas, que incluem 270 gravuras, sendo 48 a cores, de indivíduos agraciados com foros e ofícios da Casa Real, em papel couché, encadernada em capa dura.

O lançamento ocorrerá na segunda quinzena de Setembro, em local e data a anunciar e a subscrição decorrerá até ao próximo dia 31 de Julho, beneficiando os subscritores do preço especial de 70 Euros. Depois desta data, o preço de venda será de 88 Euros. Clique aqui para subscrever a obra Mordomia-Mor da Casa Real – Foros e Ofícios (1755-1910).

2007-07-22

"Infracarnália" de Porfírio Al Brandão

“da colossal gravidez / que é a língua”: Infracarnália de Porfírio Al Brandão

“Porque a poesia não está naquilo que se diz
Mas naquilo que fica depois de se dizer”
(António Pedro, Proto Poema da Serra d’ Arga)

Lanço. Qual sopro catabático acerca de ressecções nos limites da carnalização, abaixo dos pés humanos e acima das cabeças, eis que um novo livro de Al Brandão vem alarmar a legibilidade fácil da literatura de consumo e inscrever na circunstância visiense e nacional um lugar de inclusão em linhagem profunda e estranhizante – não conheço, desde algum Luís Miguel Nava, uma poesia assim tão cativantemente difícil (“Toda a verdadeira linguagem é incompreensível”, diria Artaud), visceral e vascular. E digo poesia, porque o Poeta, este Poeta, tem uma história que não começa aqui e que, sem limitação ou linha didáctica, procuro caracterizar desde há anos, por conveniência minha, com apodos como “voz lírica que “vive” do lado improvisador que colhe o corpo pelo lado avesso, dele (re)criando a força originária da ousadia tentacular” ou actor verbogénico fixado “na base da pele, no interstício poroso que absorve e no calor febril que explode” como uma “vindicta da carne” que sorve o espaço mais próximo.
E à carne volto para dizer que os títulos publicados por Al Brandão (ancoradouro, 2002; O Príncipe Nu, 2002; boca do mundo, 2004; O Bailado das Facas, 2004; Moral Canibal, 2005; Itinerário Trágico-Lírico (2005), Infracarnália (2007) e, já agora, Iconocaptor, muito próximo do prelo) encontram no paratexto epigráfico inicial de Cardoso Pires retirado da Balada da Praia dos Cães (“O mundo é um grandecíssimo cadáver com moscas de vaivém para abrilhantar.”) um geodésico signo unitivo, iluminante para trás e para a frente. É que, como definitivamente o diz Herberto Helder, “as palavras são mortalmente confusas”, levando, friso-o eu, a que o poeta regresse sempre ao lago das folhas mortas e à putrefacção operativa de “certos dias nocturnos”, para usar a fabulosa expressão de Cruzeiro Seixas. Tal rasto é visível no já esteiado caminho brandoniano, sem que o vezo incomode ou perturbe.
Aéreo ainda, este é o livro: Infracarnália. E inevitável é olhar o título e o seu peso metacognitivo, o seu carácter “frappant”, a marca semiótica do domínio físico e da operação objectal. E depois, ainda no campo da titulação, a divisão da infracarnália em “I – O Córtex”, “II - Os Vasos” e “III – A Medula” afirma ainda, na evidente interioridade física, a função aperitiva do título, bem como as portas estruturantes, articulatórias: três, assinaladas e acompanhadas de vertente plástica autoral, o que, de per si, complexifica e dialogiza. Infracarnália, como a tripartição o coonesta, é uma inesperada e dolorosa descida aos abismos criativos, pese o rasto persistente e assinalado. Neste parto, a laceração é constante. Da forja exalça-se um objecto literário animado por motivos descascantes e corticais, de acordo com o mote epigráfico (cito o incipit: “Cuspir a carne por ser nauseabundo / o seu odor bloco a bloco encaixado / já limbo sonoro onde se acama / OUTRÉM-GRITO a roer a casca”), a par de elementos vascularizantes (cito: “A pseudomão empesta-me / nódulos nutridos com o suco medular / do caroço freático sangrante / núcleo duro da viagem / mas efervescente aonde / transbordante se me assiste / a velocidade”) e medulosos (cito: “abre-me válvulas / reata-me pérolas forradas a carne // e pensar que o coração é uma noz / um pedaço de mar aberto / à boca da cama // flutuante se me soluça o corpo”), em viagem continuada até ao cerne, ao âmago de uma poesia desfibrada e vibrantemente desregrada, afirmadora de uma forma que é arte antes das palavras e com as palavras.
Quanto mais ignorância, mais mistério e vontade de entrar neste livro indesvelável assim, sem momento de transcendência e isolamento. Salvar-se-á o acto, se cada leitor se cumprir nesta leitura a que convido. Nada de ensinar literatura (que é isso?), antes a potenciação da leitura livre sem grades enformadoras. Digo apenas que noto no livro em apreço, como não notava antes, um encontro de linhagem com António Pedro, nomeadamente o do Proto Poema da Serra d’ Arga, com versos tão dentro da estilemática porfiriana como “As varejeiras põem as larvas nos buracos da pele dos mendigos / E da fermentação / Nascem odores azedos” ou “Nasce de propósito um enxame de moscas para cada um”, entre outras possibilidades, em perfeito encaixe, aliás, com o motivema epigráfico utilizado pelo poeta.
Dentro da antologia poética correm uma vida cheia e um desígnio evidente. São férteis os caminhos por que o Poeta avança, sabendo-se. E avultam também estruturas e lexias fortemente surrealizantes, provenientes dos mais simples e inesperados actos quotidianos. Lembro dessa transmigração, sem exaustão, “alcatrão volátil, espasmado”, “duas árvores secas”, “Ignição: um carro rumo às barbas do céu”, “mucos perfeitos”, “grafismos de sémen”, “espiral virulenta dos olhos”, “paralelepípedos contrariados”, “neblina óssea”, “revólver fálico”, “vulva lunar”, “coração / comedor de sal”, “queijo azul”, “carne mutante”, “variz purulenta”, “nave de âmbar”, “barriga televisiva” ou “sussurro digital”.
Das palavras atentas à poesia que explode inesperadamente levanta-se um convite e a certeza de que “renasceremos mudos no tráfico de sementes” pelo artista disseminadas. Haja a vontade do corte exicial com um modo e com a conveniência inibidora da norma pouco criativa. Diz Aquilino Ribeiro, em Abóboras no Telhado, que quando “não transparece o indivíduo, há falta de originalidade”, que é, afinal, o “primeiro condão do artista.” Meus amigos, aqui há indivíduo.
Agora digo fim, baralho e deixo uma clave: o livro brandoniano prolonga a já persistente escavação e funde-se com o esmagamento botânico, sendo cérebro e instante, pequena visão natural e macro-irisão transmigradora, biografia e fusão naturista.
Nem sempre transitável, o modo de Porfírio Al Brandão prende o leitor, com versos e poemas inteiros. Ouça-se este, que finalizando leio, “espelhado nos alicerces” de um qualquer casulo e aprecie-se o carácter poliédrico – depois, bem, depois, agarre-se o livro até ao fim:
Ela sorriu às avessas e despiu a cidade
dizimou formigueiros soprando auréolas de fumo
- veio ridiculenraizar o amor
viaja num vagão azul
com a cadência solta das vértebras encharcadas
de quotidiano
massaja barro traduzindo assobios de flores
e estrangula lírios depois de os amamentar
perco-a em tantas faces
e ela nas escadas das nuvens de tão meu
céu confidente
tão meu refúgio quão
ecrã mutilador
sigo-lhe o arabesco mágico do cheiro
a pique num amor fatiado
mordo-me por doar açúcar mercantil
ao mínimo malabarismo com ovários
aquele sorriso apodrece
e explodem-lhe vilosidades numa cartolina
enfeitiçada igreja dos gnomos de barro
(p. 63)
[Biblioteca D. Miguel da Silva, em Viseu, no dia 21 de Julho de 2007]

2007-07-20

"Arrhythmia" - Um filme de Tiago Pereira


Lançamento do livro "Foi assim" de Zita Seabra



LANÇAMENTO DO LIVRO

FOI ASSIM

da autoria de ZITA SEABRA

Sexta-feira, 20 Julho, 21h no HOTEL MONTEBELO.

APRESENTAÇÃO DO LIVRO PELA AUTORA

«Foi Assim é a história clássica de uma aprendizagem: da inocência à realidade e da realidade à sabedoria, um pouco melancólica, do adulto. Mas Zita Seabra, que ‘passou’ à clandestinidade aos 17 anos, cresceu no Partido Comunista de Cunhal, o que faz da história dela a história de uma época. Sem se justificar, sempre cândida e às vezes comovedora, Zita Seabra fala naturalmente de um mundo fantástico e brutal, que nunca foi descrito com tanta intimidade e tanta exactidão. Foi Assim é o livro que faltava para perceber a grande tragédia do comunismo português.» - Vasco Pulido Valente.

uma iniciativa da Livraria Pretexto

2007-07-19

"Azaña "


2007-07-17

Benogue


SAMAEL (Ribeira de Frades, Coimbra, 15 de Julho de 2007)

Vorph. por martim de gouveia e sousa

ardem as pedras as ruínas
e é de fogo nas mãos que
o rio encosta às veias e
ao coração da estepe.
é cedo - vorph traz o cálice
e a toalha cobre a mesa.

2007-07-16

"El Mundo que vivió Cervantes"




2007-07-14

Henrique Barrilaro Ruas: Passam quatro anos...

trespassando as evidências o vulgar brilho
por caminhos extremos de genial exigência
eis o encontro com a fonte a seda das águas.

2007-07-13

13 de Julho


ainda são jóias dedos sonhadores
os momentos vindos memória
dentro como se ontem ou hoje
assim não houvesse princípio
nem fim - ouve-se o grito...

THE SHE MOUSE PHOTO EVENT 2007


THE SHE MOUSE PHOTO EVENT 2007

Fernando Marques

fotografia

14.Julho.2007

21h30

Baiuka Bar

Praia da Rata

Monte Estoril

2007-07-11

o medo até

mutila-se a água o braço mesmo
e da dor só a lentidão do sangue
tingindo o branco a pequena face.

eterna a hora desfibra o azeite
o coração combustível explode
e da pele os cactos florescem.

da escrita as letras tombam
como basalto sobre pedra indo
à sonolência da memória longe.

um dedo hirto no caminho
lembra a infinita espera a cruz
apodrecendo no centro da chuva.

é este musgo o teu sinal ferido
o medo até.

2007-07-09

Fotografia fantástica

http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/image/0702/mcnaught3_kemppainen.jpg
A 26 de Janeiro de 2006, em Perth, na Austrália, uma multidão juntou-se numa praia local para testemunhar um espectáculo de fogo-de-artifício. Entretanto, uma trovoada começou a aparecer do lado direito. Mas o mais inesperado, foi entre estas duas manifestações de luz aparecer uma terceira, o Cometa McNaught, na altura visível no hemisfério sul. Um autêntico três-em-um que resultou nesta foto fantástica.

2007-07-08

Em Guimarães há um curso de Arquitectura

Dá-se uma voltinha por Guimarães e, nalguns dias, facilmente se percebe que há na cidade um curso

[superior]
de Arquitectura. Ficam algumas provas documentais
[nas fotos, há estudantes do 1º ano de de Arquitectura -- e há os, intrusos, que o não são. Como exercício, fica a proposta de distinção entre os 2 grupos].


escrito por ai.valhamedeus in http://www.aijesus.blogspot.com/

2007-07-06

"Soldados de papel. Recortables de la Guerra Civil 1936-1939"



Soldados de papel. Recortables de la Guerra Civil 1936-1939
Autores: Ricard Martí y Manuel Ortega
Índice:Capítulo I. Juegos y propaganda de guerra para los niños Capítulo II. El caso de los Magatzems alemanys de Barcelona Capítulo III. Los recortables republicanos.CatálogoCapítulo IV. Los recortables nacionalistas. Catálogo Capítulo V. Cromos, cuadernos de pintura, TBOs, vestiditos... Fichas técnicas. Catálogo Bibliografía Catálogo de recortables republicanos y nacionalistas: autores, impresores y editores Edita: Salvatella 2006 Barcelona 29x22 cm. 125 pgs.186 figurasEncuadernación en rústica
35.0 euros

2007-07-04

Walt & "Leaves of Grass.": 4 de Julho de 1855



TU, LEITOR
Tu, leitor, tanto como eu, vibras de vida e orgulho,
Por isso são para ti os cânticos que se seguem.
(Folhas de Erva. Tradução de Maria de Lourdes Guimarães)

"Da sombra que somos" de Maria Sofia Magalhães


Apresentação do livro "Da Sombra que Somos"
de Maria Sofia Magalhães
4 de Julho | quarta-feira | 21:30 horas
Palacete Balsemão | Praça Carlos Alberto | Porto

2007-07-03

Jim: Paris, 3 de Julho de 1971

PLATE 14
  The ancient tradition that the world will be consumed in fire at the
end of six thousand years is true. as I have heard from Hell.
For the cherub with his flaming sword is hereby commanded to
leave his guard at the tree of life, and when he does, the whole crea-
tion will be consumed, and appear infinite. and holy whereas it now
appears finite & corrupt.
This will come to pass by an improvement of sensual enjoyment.
But first the notion that man has a body distinct from his soul, is to
be expunged; this I shall do, by printing in the infernal method, by
corrosives, which in Hell are salutary and medicinal, melting apparent
surfaces away, and displaying the infinite which was hid.
If the doors of perception were cleansed every thing would appear
to man as it is: infinite.
For man has closed himself up, till he sees all things thro' narrow
chinks of his cavern.

2007-07-01

"El cine español en los años 50"



Estudiosos del cine español como Elena Cervera, comisaria de la exposición 50 años de la Filmoteca Española. El cine español en los años 50, Miguel María o Carlos F. Heredero, reflexionan en esta obra sobre el origen y desarrollo de la Filmoteca Española y el dinamismo del cine español de los años 50. Conocidos y aplaudidos cineastas, actores de renombre universal y películas inolvidables se dan cita en este aatálogo que, por supuesto, no olvida un texto dedicado a la exposición que durante un año recuerda el quincuagésimo aniversario de la Filmoteca en el madrileño Palacio de Perales.

Índice: La Exposición. Elena Cervera. Conjeturas acerca del origen y la evolución de la Filmoteca Española, nacida Nacional. Miguel Marías. Cine español en los años 50. La vida bajo el silencio. Carlos F. Heredero

Catálogo. 167 ilustraciones correspondientes a los documentos, carteles, libros, proyectores, cámaras, etc. expuestos. Edita: Filmoteca Española. Sociedad Estatal de Conmemoraciones Culturales, 2003. 30x24 cm. 205 páginas. Encuadernación en rústica,
30.0 euros