2007-02-09

klaus nomi

a floração converge sobre uma cold song
e dos lugares emerge inscrito um nome
estrofe musical que divina é parágrafo
lei vinda da folhagem do belo possível.

cresce o fogo dos lábios como a partitura
entra na carne dos ossos as palavras lava
são. ardentes as paredes esfregam o corpo
e o campo votivo tange na flor da boca.

entre a morte e o esquecimento um rio
um fluxo de pó e líquenes abandonado
caindo incinerado pela memória lenta
contra a bela voz e os cristais fundentes.

nervo sentimental diz nomi, klaus - sempre.

4 comentários:

Susana Barbosa disse...

oh Martim, belo, belíssimo
bjs

Anónimo disse...

os meus parágrafos não conhecem pontos para pontuar o tanto que desveladamente o Martim vai inscrevendo na partitura do talento e do sentir.



beijo.


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(o resto é só paisagem....que se esquece..)



bom dia Poeta.




y.

hfm disse...

Destaco deste poema que, lido na sua inteireza, é um verdadeiro manancial poético:

"cresce o fogo dos lábios como a partitura
entra na carne dos ossos as palavras lava
são."

Obrigada, Martim, por partilhares.

Anónimo disse...

Arrebatador...